Pensar os desafios atuais e vindouros para construir perspectiva: a estreia das colunas Perspectiva e Perspectiva, Lado B no blog da Janainas e.V. contempla, re/visita e re/pensa convergências e ramificações entre os assuntos de migração e marcadores da diferença.
A cada quinze dias, Perspectiva contará com ideias, entrevistas, ensaios e discussões alinhadas às grandes fricções do contexto de migração América Latina - Berlim.
Debates interseccionais
Tópicos como integração, marcadores interseccionais, carreira, tokenismo, diversidade – será que é esse o melhor nome, mesmo?, antirracismo, inclusão, coletividade, pertencimento, ação, sonhos, desbalanços, cuidado/trabalho produtivo – entre outros assuntos similares e/ou emergentes – abrirão espaço para um debate contextualizado em suas complexas aberturas e conexões.
De fato, entrecruzando teoria e experiência, Perspectiva propõe um fazer-pensar que se une a um elenco de pensadores e articuladores, navegando entre o que se produz e se transforma em contextos migratórios.
Já Perspectiva, Lado B mantém em vista as urgências do contemporâneo em contato com a cultura, literatura e teoria, enredando-se neste grande tempo nosso que obteve suas grandes conquistas através das fricções mais delicadas – como disse Édouard Louis em sua recente visita ao Brasil. A relação entre pontes do pensamento que cruzam fronteiras, similaridades transfugas, alienação, sexualidade e abismo de classe, temas pungentes nas entrevistas de Édouard Louis ao Roda Viva e à FLIP 2024, será a chave para o primeiro ensaio de Perspectiva, Lado B.
Ambas as colunas, em seus deveres, se lançam para alcançar pontes e chaves que, em pleno intuito, mantenham abertos caminhos de convívio com o diferente: caminhos que sabemos, estão sempre em negociação na migração.
Estreia no blog
Em duas semanas, o abre-alas de Perspectiva terá como foco o par carreira e família. Em seu pano de fundo, está o livro de mesmo nome da economista Claudia Goldin, ganhadora do Nobel em Economia em 2023. Em conversação com perspectivas feministas, articuladoras e de experiência, e a partir da rica e delicada relação entre gênero, migração e as mudanças rápidas de uma capital em expansão como Berlim, discutir carreira e família será o ponto inicial para aprofundar outras relações desiguais que daí partem.
Por fim, e buscando uma flexibilidade mais que necessária ao pensar as dinâmicas que se estabelecem em um viver fronteiriço, o trabalho de re/pensar e re/visitar perspectivas deseja, antes de tudo, manter acesa a reflexão da diferença em seus vários habitáveis mundos.
Espero que esta jornada seja proveitosa e interessante.
Até breve,
Natalia Pais Fornari
Perspectiva
Comments