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Os homens se movem com mais liberdade no mundo

por Evelyne Leandro



Quando trabalhamos com a integração de mulheres migrantes, devemos pensar não apenas de forma intercultural, mas também feminista.


A questão de gênero é central. Aqueles que entendem isso podem abordar os problemas de forma mais específica e justa.

Porque os homens se movem com mais liberdade no mundo – especialmente se vêm de países onde o machismo está profundamente enraizado.


Homens adultos geralmente não precisam:

- pedir permissão para sair,

- se preocupar quando escurece,

- temer ser o único homem em uma sala cheia de mulheres,

- temer ser assediados quando saem sozinhos,

- esperar que alguém se junte a eles sem pedir (no parque, em um café, na biblioteca) e querer "conhecê-los melhor",

- sorrir constantemente de forma amigável para não parecer "estranho",

- considerar se uma saia, vestido ou decote é "muito chamativo".


Portanto, não devemos nos surpreender se as mulheres desses países precisarem de tempo para se acostumar com o fato de que a cultura funciona de forma diferente aqui – e que elas têm mais liberdade de movimento.


Mas atenção: nunca completamente livres!


Porque machismo e sexismo também existem na Europa – só que de uma forma diferente. Mulheres que não são consideradas brancas, em particular, frequentemente vivenciam a experiência de serem vistas, tratadas e percebidas de forma diferente.


Enquanto os homens simplesmente "existem", as mulheres devem primeiro lutar pelo direito de existir.

"Enquanto ela tiver que lutar para ser humana, ela é incapaz de ser criadora."

— Simone de Beauvoir


 
 
 

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